O remédio
Há muitos, muitos anos havia um cavaleiro que tinha um cavalo branco.
O cavaleiro chamava-se Agostinho, era alto e magro, tinha olhos
castanhos, cabelo loiro e vestia-se muito bem. O seu cavalo era
alegre, obediente, forte e muito amigo do seu dono. Chamava-se Zulo.
O Agostinho vivia com os seus pais e os seus irmãos Tomás e Francisca.
Um dia a mãe dele ficou muito doente. Ela comeu cogumelos venenosos.
Começou a doer-lhe muito o estômago, teve vómitos e febre. O remédio
para essa doença era muito difícil de encontrar.
Ele tinha de encontrar o remédio para salvar a sua mãe. O pai disse-lhe:
- O remédio está enterrado no meio do deserto Proibido.
- Pai, vou lá buscá-lo montado no Zulo.
- Filho, não vás, é muito perigoso! Dizem que quem for ao deserto
Proibido não voltará.
- Tenho que salvar a mãe, custe o que custar.
O Agostinho despediu-se do seu pai. Foi à cavalariça preparar o Zulo
para a viagem. Arreou o cavalo e iniciou a sua viagem para o deserto
Proibido.
Quando chegou ao seu destino apenas viu areia. Começou a procurar e pensou:
- Vai ser muito difícil encontrar o remédio nesta interminável
extensão de areia. Seria mais fácil encontrar uma agulha num palheiro...
De repente, apareceu uma tempestade de areia bem forte. Nesse
momento, teve algum receio de não conseguir salvar a sua mãe. A areia
quase o matou.
Foi salvo pelo seu cavalo. O Zulo apercebeu-se do perigo e não hesitou
em colocar-se à sua frente protegendo-o da areia e do vento.
Passado algum tempo, a tempestade parou. Agostinho levantou-se,
sacudiu a areia do seu corpo e abraçou o seu companheiro de viagem.
Olhou à sua volta e reparou que a tempestade tinha deixado a paisagem
diferente. Ao longe avistou um objecto castanho e ficou curioso.
Dirigiu-se a ele e ficou maravilhado com o que viu. Finalmente, tinha
encontrado o que pretendia, a caixa mágica que continha o remédio para
salvar a sua mãe.
Cheio de alegria galopou até sua casa. A mãe tomou o remédio e ficou curada.
A família ficou muito feliz. Fizeram uma festa para comemorar a
salvação da mãe. O Zulo também teve direito de ir à festa.
Vitória, vitória, acabou a nossa história.
Texto do Nuno, Vítor e Luís aperfeiçoado pela turma.